Category:Lisbon tram 227 (standard)
O carro “aberto” 227 fez parte da série inicial de carros elétricos que entrou ao serviço em 1901. Acompanhou as sucessivas modificações que afetaram os carros desta série, como se segue:
Em 1932-1935 foi dotado de travões de ar comprimido e reconstruído (mantendo o mesmo número 227) com uma caixa standard, contando com quatro pares de ventiladores hemisféricos no tejadilho, com novas bandeiras (estando o número da carreira em caixa à parte sob a janela frontal de ambas as frentes), e, no interior, com duas filas de bancos duplos.
Entre 1948 e 1951 o “salva-vidas” grande foi substituído por um pequeno, de três ripas. Nos anos 60 as caixas de numerário foram eliminadas, passando o número da carreira para as bandeiras do tejadilho. Nos anos 80 foi automatizado (i.e., adaptado para uso com tripulante único, em vez de gurda-freio e cobrador).
Circulou até 9 de julho de 1994, seguindo do Arco do Cego para Santo Amaro a 25 de março de 1995. A sua caixa standard foi utilizada na montagem do carro remodelado 546.
Como os restantes carros desta série, o 546 é unidirecional e contava no seu interior com bancos transversais duplos do lado esquerdo e individuais do lado direito. Foi equipado com o controlador n.º 1993/99490; entrou em fase de testes em 29 de maio de 1995 e começou a circular em 30 de junho de 1995. Recebeu equipamento de comunicações rádio em 1996, e na última semana de Julho de 1996 foi equipado com pantógrafo, a complementar a vara-trole.
No início do séc.XXI (entre 1997 e 2008) foi convertido para operação turística, sendo renumerado como carro 7. Passou a ostentar libré vermelha e no seu interior voltou a ter duas filas de bancos duplos, sendo ocasionalmente apetrechado com um salva-vidas grande, mas apenas para fins ornamentais, montado frequentemente à retaguarda.
Sem relação, houve também um carro 546 na série 532-551: Construído pela Carris em 1931, contava, no interior, com duas filas de bancos simples. Na década de 1950 foi, como quase toda esta série, modificado para a tracção de atrelados, passando a unidirecional com i.a. ausência de farol principal à retaguarda. Esteve sediado no Arco do Cego e associado primariamente ao atrelado “caixote” 144 — este havia sido criado entre 1950 e 1955, inserido numa série de 100 veículos, substituindo nominalmente atrelado “aberto” do mesmo número.
Igualmente como quase todos os outros carros da sua série, o carro standard 546 saiu de circulação entre 1989 e 1990 (também data provável do abate do atrelado 144). Foi adquirido pela Junta de Freguesia de Maçainhas BMT (terra natal de um administrador da Carris), tendo sido mantido nesta localidade como monumento, apeado ao ar livre.
(fonte principal: Mário Vieira: Lisboa - Listagem de Eléctricos, 2014)Subcategories
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