File:Close-up do monumento no Jardim Aldir Blanc.jpg

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English: Close-up of the inscriptions on the monument commemorating Aldir Blanc, at Aldir Blanc Garden ("Jardim"), in the neighborhood of Tijuca, Rio de Janeiro, Brazil.
Português: Close-up da escrita no monumento em homenagem a Aldir Blanc, no Jardim Aldir Blanc, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, Brazil.
Cultural property
Jardim Aldir Blanc
Q118175724
Date 5 May 2023
Inscriptions

Sign:

ALDIR BLANC

1946 - 2020 "Eu gosto quando alvorece, porque parece que está anoitecendo E gosto quando anoitece, que só vendo, porque penso que alvorece"

Aldir passou por aqui. Morou logo ali. Bebeu num bar que a gente vê daqui e seguiu um bloco que dobrou aquela esquina. Agora, olha ele aí: depois de alvorecer e anoitecer tantas ruas, depois de cantar sonhos nas avenidas, é nome de logradouro carioca. Cronista e poeta maior das calçadas, crises, declives e acidentes da cidade, árvore generosa que a música brasileira plantou no Rio e dela colheu centenas de canções, dezenas de parceiros, milhares de amigos e admiradores. Entre o Estácio, Vila Isabel, a Tijuca e a Muda correram, sempre margeando o Rio Maracanã, as veias vigorosas de Aldir Blanc.

"Há quem não se importe, mas a Zona Norte é feito cigana, lendo a minha sorte"

A infância da Maia de Lacerda pongou no bonde e, de sandálias de dedo, desceu na Rua dos Artistas, onde calçou sapatos. Morou numa casa com quintal cheio de árvores frutíferas – pertinho da flauta do mestre Benedito Lacerda. O quintal servia para reunir amigos e parentes em torno das panelas e dos pratos, do radinho de pilha contando o jogo do Vasco. A poesia desabrochando ali, à sombra das goiabeiras, laranjeiras, bananeiras, mangueiras, dos pés de abiu, sapoti, limões-bravos. Tudo isto muito antes de Aldir Blanc se tornar um dos maiores compositores da MPB, publicar crônicas imortais em jornais e revistas, em livros que ilustram estantes com o melhor da literatura carioca, ganhar tantas batalhas pela valorização e dignidade dos artistas e perder a guerra para um vírus indigno. Parodiando outro grande poeta, os vírus e os indignos passarão; Aldir passarinho, voando livre em sua Alameda. (Os versos transcritos foram musicados por João Bosco e Moacyr Luz)

Luís Pimentel Jornalista e Escritor

Mello Menezes Conjunto Escultórico e Escultura

Eduardo Paes Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro

 
Source/Photographer Own work
Camera location22° 56′ 09.59″ S, 43° 14′ 44.81″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

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