File:At the museum (A Manhã VII) (12583938433).jpg

From Wikimedia Commons, the free media repository
Jump to navigation Jump to search

Original file (3,472 × 3,472 pixels, file size: 2.31 MB, MIME type: image/jpeg)

Captions

Captions

Add a one-line explanation of what this file represents

Summary

[edit]
Description

Centro de Arte Moderna da Gulbenkian (CAM), Lisbon, Portugal

Source : Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian

Artist : Rui Chafes

Depoimento sobre a obra de Rui Chafes

www.cam.gulbenkian.pt/index.php?article=71799&visual=...


O Peso do Paraíso é o título da primeira exposição antológica da obra de Rui Chafes (Lisboa, 1966) que abrange vinte e cinco anos de produção.

A pesquisa da escultura em ferro empreendida por Chafes aborda questões como “o sonho”, “a morte”, “a dor”, criando um universo físico poderoso que exige um contacto direto com o visitante. Um dos mais importantes artistas da sua geração, Chafes é uma notável figura do movimento de retorno à escultura que se verificou em finais do século XX.

Mais de uma centena de obras ocuparão a Nave do CAM e as salas imediatamente precedentes, bem como o jardim, ora escondendo-se por entre os arbustos, ora provocando encontros com o visitante.

Uma das peças novas, entre as quatro esculturas criadas para a exposição, faz precisamente a ligação entre a nave e o jardim. Um universo de ferro negro em que o peso e a leveza, o chão e o teto, o alto e o baixo, o duro e o mole, o interior e o exterior, o cheio e o vazio, a suspensão e a queda coabitam. Paradoxos que levam a uma vasta produção de esculturas densas e pesadas mas quase sempre com uma aparência frágil e leve, uma gravidade atmosférica, uma queda para cima. A mostra inclui duas obras de Rui Chafes em colaboração: uma com a artista irlandesa Orla Barry e outra com o cineasta Pedro Costa.

Agarradas à terra ou suspensas no ar, as esculturas de Chafes são também muitas vezes atravessadas pela luz de que as obras em rede de ferro são as mais paradigmáticas.

A rede permite a evocação da pele como se fosse um invólucro que enclausura, mas que ao mesmo tempo deixa na sua transparência trespassar-se pela luz e ver através, o que reforça uma das matrizes destas obras: tornar um material tão pesado e bruto como o ferro em algo de orgânico e frágil, que, inclusivamente, na sua forma, pode remeter para a sexualidade como algo que simultaneamente liberta e condiciona.

Os desenhos que se incluem na exposição mostram, de um modo mais claro, esta proximidade à escrita, bem como os títulos das obras que quase nunca são denotativos mas antes continentes de significação que abrem novos campos de leitura e interpretação para a escultura ou para o desenho.

Em termos formais a obra é herdeira do minimalismo e da arte conceptual e bastariam duas referências, Richard Serra e Joseph Beuys, para entendermos como no entanto essa herança é trabalhada de um modo tão próprio, único, singular e absolutamente autoral: nenhuma escultura de Chafes lembra mais nada do que uma escultura de Chafes.

Artist work presentation:


Entre 1990 e 1992, estuda com Gerhard Merz, na Kunstakademie Düsseldorf, altura em que aprofunda um extenso e importante quadro de referências teóricas, literárias e artísticas – romantismo alemão, Idade Média e Gótico Tardio - que estruturam, em grande parte, a actividade e os interesses deste artista: a luz, a cor, o peso, a leveza e o equilíbrio das formas, na sua relação com a natureza, com o espaço circundante e com o Homem. Durante a estadia alemã, traduz Fragmentos, de Novalis, numa edição que faz acompanhar com desenhos seus. Algumas da exposições que realizou em diferentes instituições são acompanhadas pela edição de livros, pensados enquanto tal, onde faz publicar textos seus e de outros autores que possibilitam um entendimento daquilo que para o artista deve ser a prática artística, profundamente redentora, catalizadora de pensamento.

Ramificam-se diferentes contributos num tronco comum: Andrej Tarkowsky, Friederich Holderlin, Rainer Marie Rilke, Nietzche, Beckett, entre outros, são reunidos no volume com o título Würzburg Bolton Landing, editado pela Assírio & Alvim, por ocasião da exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1995, com o mesmo nome. Harmonia; Durante o Fim, Um Sopro e O Silêncio de…, são exemplos da sua prolixa actividade editorial. Enigmáticas, as obras de Rui Chafes, colocadas, muitas vezes, em jardins românticos (Sintra), palácios e igrejas, operam num território suspenso no tempo, numa paisagem que apela para uma outra ordem e condição do objecto criado, entre o caos e o rigor da revelação, entre o interior e o exterior da existência, irracional, individual e transcendental. Num texto de 1998, “Talvez”, Rui Chafes elucida-nos sobre a sua vocação: «Sendo escultor e tendo nascido em 1966 (o ano de Andrej Rubliov, de Andrej Tarkowsky e de Au Hasard Balthazar, de Robert Bresson), vivo com a consciência de que é preciso continuar a transportar a chama, tal como queria Joseph Beuys que, no ano anterior, se tinha sentado, durante três horas, a ensinar a uma lebre morta como se olham as imagens.»

Em 1995, Rui Chafes representou Portugal na Bienal de Veneza (juntamente com José Pedro Croft e Pedro Cabrita Reis) e em 2004 esteve presente na Bienal de S.Paulo num projecto em colaboração com Vera Mantero, Comer o Coração. O seu percurso conta com importantes exposições em instituições nacionais e internacionais e as suas obras integram os mais relevantes acervos públicos e privados.


Pedro Faro


Maio de 2010
Date
Source At the museum (A Manhã VII)
Author Pedro Ribeiro Simões from Lisboa, Portugal
Camera location38° 44′ 06.19″ N, 9° 09′ 11.13″ W Kartographer map based on OpenStreetMap.View this and other nearby images on: OpenStreetMapinfo

Licensing

[edit]
w:en:Creative Commons
attribution
This file is licensed under the Creative Commons Attribution 2.0 Generic license.
You are free:
  • to share – to copy, distribute and transmit the work
  • to remix – to adapt the work
Under the following conditions:
  • attribution – You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
This image was originally posted to Flickr by pedrosimoes7 at https://flickr.com/photos/46944516@N00/12583938433. It was reviewed on 7 October 2017 by FlickreviewR and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-2.0.

7 October 2017

File history

Click on a date/time to view the file as it appeared at that time.

Date/TimeThumbnailDimensionsUserComment
current03:07, 7 October 2017Thumbnail for version as of 03:07, 7 October 20173,472 × 3,472 (2.31 MB)Mliu92 (talk | contribs)Transferred from Flickr via Flickr2Commons

The following page uses this file:

Metadata