File:Armas de Fé dos Franciscanos - 2010-06-26 - Image 113022.jpg

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Armas de Fé dos Franciscanos.

Cantaria e alvenaria relevada, 1690 – 1770 (c.)
Elementos de cantaria dos finais do século XVII com montagem dos finais do XVIII.
Entrada da cerca do convento de Santa Clara do Funchal.
Fotografia de José Lemos Silva, 26 de junho de 2010.

Largo das Cruzes, Funchal, ilha da Madeira.

Cronologia:
Séc. 15, c. 1450 – construção da capela da Conceição, dita “de cima” de que resta o portal, vindo do continente; 1470, cerca – enterramento de Martim Mendes de Vasconcelos num carneiro ali construído; 1480, 11 Setembro – 2º capitão, João Gonçalves da Câmara, compra a Rui Teixeira e Branca Ferreira propriedade do Curral para o futuro convento; 1488, 17 jul. – o duque D. Manuel informa do breve que autoriza a sua construção; 1492 – início das obras sob orientação de D. Constança de Noronha; 1492 – reforma do túmulo de Martim Mendes de Vasconcelos; 1495, 1 abr. – breve do papa Alexandre VI referindo as celas; 1496, nov. – informação camarária para se reservar farinha para as freiras fazerem a suas confeções de Natal, deduzindo-se que haviam então já se instalado; 1527, 3 jan. – contrato com Gomes Annes e o bacharel Lopo Dias para a construção de um aqueduto do Pico dos Frias; 1530, cerca – feitura de altar, de que restam 2 tábuas com imagens de Santo António e do arcanjo São Miguel, atribuídas ao mestre de Ferreirim; 1550 – construção de altar, de que resta uma Assunção da Virgem, atribuível a Gaspar de Contreiras; 1566, out. – ataque dos corsários franceses ao Funchal e fuga das freiras para o Curral; 1578, 25 out. – contrato das freiras cedendo dois terços das “suas” águas com os co-proprietários da quinta: Francisco, Gaspar e Diogo Frias ao Colégio dos Jesuítas do Funchal; 1590, cerca – construção do altar do coro-baixo com pintura atribuível a Fernão Gomes; Séc. 17, inícios – construção do altar entalhado do coro de cima; 1620 – data provável do óleo atribuído a Gaspar Contreiras e existente no coro-baixo; 1630 (c.) – vinda das oficinas de Lisboa de azulejos maneiristas com nagas ou nagiras, de influência indiana, depois passados para o alto das paredes da igreja; 1641 – data do óleo do antigo altar de Santo António; 1650 – construção da capela de São Domingos de Amarante decorada pelo entalhador Manuel Pereira e pintor Martim Conrado; Séc. 17, meados – organização do arquivo do convento pelo Dr. Sebastião de Teive; 1661 – encomenda de um sacrário ao prateiro Simão Lopes; 1664 – protesto das freiras pelo desvio da “sua água“, saindo do convento; 1667 – obras nos coros e colocação dos azulejos na nave da igreja; 1671, 12 ago. – obras no altar-mor para instalação do sacrário de prata feito pelos prateiros António Araújo, António Neto e António Soares pelo entalhador Manuel Pereira; 1720 – o convento possuía 170 freiras professas, 100 educandas, “além das servas para o serviço comum e particular“, que se repartiam por 12 dormitórios; 1720 a 1750 – pintura do teto de caixotão da igreja do convento; 1733 – data do retábulo de relíquias dos claustros; 1736 – data do cadeiral de baixo e da cadeira do prelado; 1759 – data da cruz de cantaria num nicho do claustro; 1764 – proibição de entrada de noviças e controlo dos bens de raiz pelo governo do conde de Oeiras, futuro marquês de Pombal; 1769, 22 fev. – mudança do túmulo de Zarco da capela-mor para o coro de baixo; 1793 – existiam 63 religiosas, pelo que se pediu ao rei a entrada de 17 noviças; 1796, 22 mar. – o número de religiosas não chegava a 80; Séc. 18, finais – execução dos altares da igreja e do púlpito atribuíveis ao mestre entalhador Estêvão Ferreira de Nóbrega; feitura do órgão positivo para o coro-baixo, por organeiro de origem italiana; 1797 a 1799 – pinturas de Nicolau Ferreira na nave; 1807, 26 dez. – transferência das freiras da Encarnação para Santa Clara, para instalação das forças inglesas; 1821 – extinção dos conventos; 1890, nov. – morte da última freira, mas ainda ali ficando a residir algumas “pupilas“; 1896 – entrega do convento à Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria; 1910 – saída das Irmãs Missionárias; 1912, 31 out. e 1913, 22 set. – decretos de cedência das instalações à Câmara Municipal do Funchal, Santa Casa da Misericórdia e Auxílio Maternal; 1917, 12 dez. – submarino alemão bombardeia o Funchal, atingindo a igreja, cuja capela-mor fica parcialmente destruída; 1927, 25 jan. e 12 jun. – cedência do convento à Associação Auxiliar das Missões Ultramarinas para instalação de um colégio missionário; 1928 – regresso das Irmãs Missionárias; 1931 – início da divulgação da imagem da Virgem de Fátima, como Padroeira de Portugal, da autoria de José Ferreira Thedim, uma das quais na igreja de Santa Clara; 1940 – larga campanha mariana, iniciada com o Congresso de Braga, de que resulta a marcha sobre Lisboa de Gomes da Costa, a 28 maio 1936, a Ditadura Militar, a subida ao poder de Salazar e a excecional profusão de Imagens da Imaculada; 1940, 26 set. – publicação de Decreto nº 30 762, no DG, 1.ª série, n.º 225, determinando a classificação da Igreja e todas as dependências existentes no Mosteiro de Santa Clara como Monumento Nacional; 01 nov. – publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 set. do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular; 1951 – exposição de ourivesaria sacra no Convento, com vista ao futuro acervo do Museu de Arte Sacra; 1954 – exposição de esculturas religiosas; 1958 – transformação em Colégio Missionário Ultramarino do Funchal; 1962 – incêndio destrói 2 grandes salas na ala frente à Cç. de Santa Clara e pátio interior; 1997 – cedência de uma parte da cerca para instalação da secção de azulejos da Casa-Museu Dr. Frederico de Freitas; 2001, jan. – levantamento para elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN (não executado)

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Source Arquipelagos (consultar ficha)
Author José Lemos Silva

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